<p>Documento mais afetuoso que Anna Oppitz, nossa bisav&oacute;, trouxe ao Brasil em 1874. &Eacute; um poeminha da madrinha de batismo, de Blottendorf, Bo&ecirc;mia, em 1849. &Eacute; o item mais antigo e raro deste acervo.</p>

1849 - Carta para Anna Oppitz

<div dir="auto">O menininho de 6 aninhos, na Bohemia &ndash; &Aacute;ustria, com seu boletim escolar, do primeiro ano de aula, de bom comportamento, n&atilde;o poderia imaginar que, 29 anos depois,em 1902, na Capital Nacional do Cooperativismo, no Brasil, em Linha Imperial, o Padre Theodor Amstad, iria convid&aacute;-lo para fundar uma cooperativa de cr&eacute;dito. Neste convite tamb&eacute;m estava a irm&atilde;, Theresia, que casou com August Stahl, cofundador, e o irm&atilde;o Franz, professor da localidade, que ficou o secret&aacute;rio da cooperativa. Analisando este centen&aacute;rio documento, que &agrave; primeira vista parece n&atilde;o ter nenhuma rela&ccedil;&atilde;o com cooperativismo no Brasil, nossos pensamentos descobrem, l&aacute; no long&iacute;nquo passado, a culta origem dos teuto brasileiros !!!</div>

<div dir="auto">BOLETIM ESCOLAR.</div>

<div dir="auto">Ano escolar 1873/74.</div>

<div dir="auto">N&uacute;mero 10.</div>

<div dir="auto">Sobre: Hillebrand Josef, Dittersbach, da 1 classe na escola popular em Dittersbach.</div>

<div dir="auto">Trimestre. Comportamento. Aplica&ccedil;&atilde;o. Religi&atilde;o. Leitura. Gram&aacute;tica. Ortografia. Express&atilde;o do pensamento. C&aacute;lculo. Ci&ecirc;ncia Natural. Geografia e Hist&oacute;ria. Desenho. Ensino das formas. Economia dom&eacute;stica. Escrita. Canto. Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica. &ndash; Faltas na escola. 1- Justificadas. 2 N&atilde;o justificadas. - No levantar: 1- Capaz. 2- Incapaz.</div>

<div dir="auto">Assinatura dos pais ou respons&aacute;vel.</div>

<div dir="auto">Escala de Notas. Comportamento: muito bom. Bom. Insuficiente. Aplica&ccedil;&atilde;o: muito aplicado, aplicado, pouco aplicado, desinteressado.</div>

<div dir="auto">Progresso: Muito bom; bom; m&eacute;dio; insuficiente.</div>

1873 - Boletim Escolar

<div dir="auto">Du sollst nicht l&uuml;gen N&atilde;o mentir&aacute;s. N&atilde;o dar&aacute;s falso testemunho.</div>

<div dir="auto">Todos n&oacute;s da educa&ccedil;&atilde;o ocidental aprendemos este mandamento desde crian&ccedil;a; contudo esta recomenda&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; cumprida fielmente; pelo contr&aacute;rio, assistimos grandes crimes na sociedade atual, devido a pessoas e altas autoridades faltando &agrave; verdade.</div>

<div dir="auto">O texto e gravura que estou apresentando &eacute; de um antigo livro de leitura do primeiro ano escolar para crian&ccedil;as de imigrantes alem&atilde;es no Brasil. O tema vem a prop&oacute;sito de muitos fatos que acontecem no Brasil recentemente.</div>

<div dir="auto">A tradu&ccedil;&atilde;o: &ldquo; N&Atilde;O MINTA. - Paul um dia n&atilde;o disse toda verdade &agrave; m&atilde;e quando ela lhe perguntou algo. A m&atilde;e ent&atilde;o lhe disse: odeie a mentira e ame a verdade. S&oacute; escute que horror aconteceu ao mentiroso Hans. O Hans cuidava de ovelhas n&atilde;o longe de uma grande floresta. Para fazer uma brincadeira, caminhou at&eacute; a vila e berrou com toda for&ccedil;a: o lobo vem, o lobo vem ! Imediatamente o povo acorreu com machados e porretes para matar o lobo. Mas, como n&atilde;o viam nenhum lobo, retornaram para casa. Mas o Hans se riu deles. No dia seguinte Hans gritou de novo: o lobo! O lobo! De novo veio gente, mas n&atilde;o tanta como no primeiro dia. Tamb&eacute;m estes voltaram muito aborrecidos para casa porque de algum lobo nada se via. No terceiro dia o lobo veio de verdade. Hans berrou desesperadamente: socorro! Socorro! O lobo! O lobo! Ningu&eacute;m apareceu. O lobo faminto entrou no rebanho, rasgou v&aacute;rias ovelhas, e tamb&eacute;m o fofinho carneirinho que era o queridinho do Hans.</div>

<div dir="auto">Quem uma vez mente, n&atilde;o se acredita mais, mesmo que diga a verdade.</div>

1877 - Não mentirás

<p>Carta de Anton Oppitz para Franz Oppitz com data indefinida, ainda sem tradu&ccedil;&atilde;o.</p>

1890 - Anton Oppitz II

<p>Fam&iacute;lia Oppitz. O segundo da direita, de barba branca &eacute; Anton Oppitz, bisav&ocirc; (ou av&ocirc;) de Gildo. Para mim, Anton &eacute; tio bisav&ocirc; por parte de Anna, na frente dele.</p>

1890 - Família Oppitz

<p>Carta de Anton Oppitz para Franz Oppitz com data de 16.09.1894, ainda sem tradu&ccedil;&atilde;o.</p>

1894 - Anton Oppitz IV

<p>Carta de Anton Oppitz para Ana e Franz Oppitz com a data de 06.07.1896, ainda sem tradu&ccedil;&atilde;o.</p>

1896 - Anton Oppitz

<div dir="auto">Riqu&iacute;ssimo documento hist&oacute;rico. 1898, 121 anos.</div>

<div dir="auto">Anton John, presidente da comunidade da igreja cat&oacute;lica, ainda capela S&atilde;o Louren&ccedil;o, de Linha Imperial, pertencente ao Bispado de Porto Alegre ( depois Arcebispado), e &agrave; Freguesia de S&atilde;o Jos&eacute; do Hort&ecirc;ncio, par&oacute;quia, assina recibo de contribui&ccedil;&atilde;o do associado Josef Hillebrand. Diz no recibo: R&uuml;ckst&auml;nde Jahresbeitrag 1898 besahlt am 30. Oktober 1898.= Atrasados contribui&ccedil;&atilde;o anual pago em 30 de outubro 1898. Detalhe: as duas pessoas do recibo, 4 anos depois, foram fundadores da Caixa Rural de Nova Petr&oacute;polis</div>

1898 - Anton John

<div dir="auto">QUERES ENTENDER AS CRIAN&Ccedil;AS, ENT&Atilde;O DESCE AO SEU PEQUENO MUNDO ESCUTE A BATIDA DE SEU CORA&Ccedil;&Atilde;O !</div>

<div dir="auto">DITADO de um texto no Boletim da Associa&ccedil;&atilde;o dos Professores do Rio Grande do Sul, fundado em 1898 em Harmonia-RS. &quot;Lehrer und &ldquo;Erziehungsverein&rdquo;.</div>

<div dir="auto">Harmonia, tem um marco importante, pois s&atilde;o atrav&eacute;s dos encontros Cat&oacute;licos que acontecem nesta terra, que Amstad come&ccedil;a a se destacar nos campos da economia, do agro e da educa&ccedil;&atilde;o.</div>

1898 - Associação dos Professores

<div dir="auto">Refugiados?</div>

<div dir="auto">N&atilde;o! S&atilde;o fam&iacute;lias bem organizadas e acomodadas na &ldquo;Einwanderungshaus&rdquo;, Casa do Imigrante, na nova Col&ocirc;nia de Serro Azul, hoje Cerro Largo-RS. Em 1899, a popula&ccedil;&atilde;o nas antigas Col&ocirc;nias a partir da imigra&ccedil;&atilde;o em S&atilde;o Leopoldo e arredores desde 1824 havia crescido muito. Com a lideran&ccedil;a dos padres jesu&iacute;tas, entre eles os padres Theodor Amstad e Max von Lassberg, os agricultores fundaram o &ldquo;Bauernverein&rdquo;, Associa&ccedil;&atilde;o dos Agricultores. Esta associa&ccedil;&atilde;o comprou &agrave; presta&ccedil;&atilde;o uma grande &aacute;rea de terras na regi&atilde;o das Miss&otilde;es e a dividiu em lotes para os agricultores.</div>

1899 - Casa do Imigrante

<p>Carta de Adolphine O. Laufer para Franz Oppitz, sem data e ano definidos, ainda sem tradu&ccedil;&atilde;o.</p>

1900 - Adolphine O. Laufer

<div dir="auto">A CAPITAL NACIONAL DO COOPERATIVISMO TEM PRECURSORES: ASILOS E HOSPITAIS.</div>

<div dir="auto">Uma grande e eficiente associa&ccedil;&atilde;o dos imigrantes alem&atilde;es foi a &ldquo;BAUERNVEREIN&rdquo; , ASSOCIA&Ccedil;&Atilde;O DE AGRICULTORES, oficialmente fundada em 1900. Ela j&aacute; vinha sendo sugerida em v&aacute;rios congressos de agricultores em v&aacute;rias localidades ga&uacute;chas onde havia muitos imigrantes ou seus descendentes. Em todos estes congressos passavam em discuss&atilde;o todo tipo de problemas nas comunidades, e se sugeria fundar cooperativas de Cr&eacute;dito como as j&aacute; tinha na Argentina. Em 1912 esta associa&ccedil;&atilde;o foi substitu&iacute;da pela &ldquo;Volksverein&rdquo;, Associa&ccedil;&atilde;o Popular. Em 1914, num destes congressos, em &ldquo;Hamburgerberg&rdquo;, Hamburgo Velho, numa das confer&ecirc;ncias apresentadas, o Pe. Mathias Gansweidt, falou com grande entusiasmo para a funda&ccedil;&atilde;o de uma Associa&ccedil;&atilde;o Beneficente ou Asilo para Idosos. Baseou-se nas observa&ccedil;&otilde;es do Pe. Theodor Amstad em suas andan&ccedil;as pelas col&ocirc;nias onde observou muitos casos de idosos que tinham problema de serem atendidos eficientemente em suas fam&iacute;lias. O Pe. Gansweidt conclamou os associados a passarem da teoria &agrave; pr&aacute;tica do Amor ao Pr&oacute;ximo. O inflamente discurso do Pe. Mathias Gansweidt incendiou o &acirc;nimo do povo, e j&aacute; nos pr&oacute;ximos dias do congresso iniciou-se uma coleta de dinheiro para a casa beneficente. Especialmente o Excelent&iacute;ssimo Sr. Arcebispo Metropolitano Dom Jo&atilde;o Becker, que se encontrava presente, recebeu a ideia com entusiasmo e abriu logo uma lista de contribui&ccedil;&otilde;es, e ele assinou 500$000 Reis. A lista de contribui&ccedil;&otilde;es ficou andando at&eacute; em 1916 quando se instalou o pr&oacute;ximo congresso em Santa Cruz; o valor havia chegado a 33:000$000 ( 33 contos de Reis). As 30 cidades que deram doa&ccedil;&atilde;o, Nova Petr&oacute;polis esteve no 220 lugar, com 567$000 Reis, num total de 58:679$000. Neste congresso foi eleita uma comiss&atilde;o composta pelo Pe. Theodor Amstad, Pe. Karl Schwertschlager, dos senhores Jo&atilde;o M&uuml;ller, de Santa Maria, Dr. K&ouml;lzer de Porto Alegre, e Mathias Jakobs de Santa Cruz. Foi resolvido que a entidade tamb&eacute;m deveria servir como orfanato. A comiss&atilde;o destas 5 pessoas foi proclamada como a primeira diretoria do Asilo a ser constru&iacute;do em S&atilde;o Sebasti&atilde;o do Ca&iacute;. Nesta data, 16 de mar&ccedil;o de 1916, ainda foi criada uma associa&ccedil;&atilde;o pr&oacute;pria para tomar a si a constru&ccedil;&atilde;o e administra&ccedil;&atilde;o da nova entidade beneficente, que foi batizada &ldquo;Asyl der Heiligen Familie&rdquo;, Asilo da Sagrada Fam&iacute;lia. Com esta pequena hist&oacute;ria n&atilde;o se pode ficar sem observar a intensa atividade social que nossa gente fazia no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX (vinte). O povo liderado por mission&aacute;rios e outros l&iacute;deres instru&iacute;dos e cultos, como professores, m&eacute;dicos, advogados, jornalistas, escritores. Por isso, quando 100 anos ap&oacute;s, usamos o honroso nome de Capital Nacional do Cooperativismo, devemos olhar para tras e ver o trabalho feito, que foi uma &ldquo;escola&rdquo; para n&oacute;s que seguimos seu exemplo.</div>

<div dir="auto">Resposta ao t&iacute;tulo acima: se elogiamos diariamente nossa comunidade por ser o local onde pessoas e entidades foram eficientes em obras sociais, admiremos tamb&eacute;m como nossos antepassados agiram para deixar-nos bons exemplos.</div>

Acervo Ovídio Hillebrand

1849

Carta para Anna Oppitz

1873

Boletim Escolar

1877

Não mentirás

1890

Anton Oppitz II

1890

Família Oppitz

1894

Anton Oppitz IV

1896

Anton Oppitz

1898

Anton John

1898

Associação dos Professores

1899

Casa do Imigrante

1900

Adolphine O. Laufer

1900

Bauerverein

CONTATO

LOCALIZADOS

Casa Cooperativa

Faça Parte

Diálogos de
Intercooperação

Casa Educa

Notícias

Colunistas

Acervo Histórico